É impossível determinar as verdadeiras origens das parreiras selvagens que estavam espalhadas ao longo de todo o hemisfério norte, do Himalaia até o que é hoje em dia território dos Estados Unidos. Quando ocorreram as glaciações no período Quaternário, e o hemisfério norte foi coberto de gelo, grande parte das plantações desapareceram.
No entanto, algumas plantas foram salvas no que são conhecidos como refúgios climáticos. Estes abrigos existiram em toda a área que agora se encontra a Europa, Ásia Menor e os Estados Unidos.
O mais importante, na Ásia, foi chamado Refúgio Caucasiano, onde foram mantidas muitas espécies vegetais. Botânicos de todo o mundo acreditam que aí se originaram e, depois, se distribuíram pelo mundo a maior parte das espécies frutais, incluindo a videira.
Assim, os primeiros povoados que começaram a utilizar a videira foram os chamados de “meia lua fértil”, que começa a partir do Cáucaso, cobrindo Síria, Irã, Iraque e Palestina. Foi ali que as grandes cidades foram criadas, tais como a Babilônia.
As videiras silvestres cresciam especialmente nas florestas, com a particularidade de enroscarem-se nas árvores. De seus frutos surgiram os primeiros vinhos. A história da vinha está ligada desde a mais remota antiguidade da mitologia oriental, especialmente a de Baco, que proveniente da Ásia se espalhou pelo Egito, Trácia e pelos países do Mediterrâneo.
A adoração à Baco por seus súditos ia além da veneração devida ao criador e protetor das videiras. De acordo com a concepção órfica, Baco apareceu como uma espécie de divindade.